Inspire-se, jovem!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

CUIDADO COM O "EU TE AMO"!


Jovem, Jovem, é um fato. Acontece, aqui e lá fora (não sei aonde, só... lá fora), um fenômeno de banalização da frase "Eu Te Amo". Uma frase simples de três palavras, mas com um significado estrondoso. Usada como se fosse "Bom Dia". Daqui a alguns dias, torna-se xingamento (vai saber...).

É possível amar alguém em pouco tempo? Acredito que sim, mas que é raro, é. Garotos e garotas, homens e mulheres se tornam os protagonistas dessa banalização. Todos que começam a "gostar" do parceiro(a), em um período curto de tempo, acham que estão amando. E junto com a banalização do "Eu Te Amo", vem uma onda enorme de namoros (Muito ocorrentes em períodos frios do ano), e, depois, uma onda maior ainda de términos. Por quê maior ainda? Meio impossível, né? Não.

Por exemplo: Pensem em 5 casais, sendo que 4 deles vieram com a onda da banalização e 1 deles é fruto do amor genuíno ou que caminha para isso. Agora, suponha que esses casais se conhecem. Os primeiros a terminar são os 4 falsos amores, formando um grupo de 4 amigas e 4 amigos solteiros. Nesse momento, a coisa mais em comum que esses grupos têm é o casal restante. Esse é o momento de maiores tentações do último casal, onde ambos os integrantes passarão vontades de se juntar ao grupo de solteiros.

Tenho um lema que é muito útil: "Não comece relacionamentos que tem mais chance de acabar do que continuar". Antes de começar um relacionamento (amoroso/afetivo), é muito importante que ambos tenham maturidade o suficiente para suportar as tentações.


Cair em tentações está mais ligado à maturidade do que com o próprio amor (acabei de dizer isso), até porque há como alguém amar várias pessoas. Sim. Esse é mais raro ainda, mas, obviamente, causa problemas. Quando amamos, normalmente amamos uma pessoa só. E se a pessoa amada amar de volta, ótimo.  Mas se a pessoa amada amar duas pessoas, ai sim, existe o problema.

Muito óbvio isso, não? Demais. Mas, por algum motivo, as pessoas caem nessa como peixes na rede. Sinto que no fundo todos sabem disso, mas gostam de "sofrer" ou "perder tempo". Relacionamentos (os bem cultivados) são bons, ótimos. Mas tem que ter os cuidados para não vacilar. Até porque ninguém é obrigado a suportar pessoas que vacilam toda hora, e nem deveriam.

Supõe-se que o "Eu Te Amo" seja usado em certeza de que existe amor. Ainda sim, é algo difícil de saber. Não da pra saber se é realmente amor. Quem já amou, sabe. Mas pode acontecer de essa pessoa ter achado que amou mas não amou.

A filosofia define o amor em 3 arquétipos: Amor Eros, que seria o amor da paixão ou amor carnal/sexual, o amor do desejo, por algo que você não tem; Amor Philos, que é o amor da amizade ou amor fraternal; e o Amor Ágape, que é o amor incondicional, como de uma mãe para um filho.

Num namoro, por exemplo, ou o Eros ou o Philos aparecerá primeiro, mas creio que para que algo dure a ponto de chegar do Ágape é preciso ter os dois de base. E isso com certeza não acontece sem paciência.

Antes de chegar ao estágio do Eu Te Amo, tem várias etapas a cumprir. Mas nada formal e linear. É o famoso "Deixar Rolar". As filosofias tentam classificar o amor. Que, por mim, não deveria ser classificado. Algo que é caloroso não pode ser explicado friamente, só relatado e apreciado ( muitíssimas vezes, invejado). Pode ser abalado, não pode ser criado (banalização), e, pelo que eu sei, pode aparecer de maneiras inesperadas (ou muito óbvias). Mas, se aparece, pode (e deve) ser vivido.